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Parcial do mês de março mostra nova alta de preços ao produtor

Dados parciais do MilkPoint Radar, atualizados até o dia 19 de abril, apontam para novo cenário de alta nos preços líquidos recebidos pelos produtores, considerando os participantes que inseriram seus dados nos últimos 2 meses.

Os dados parciais em sua média simples (ou seja, sem considerar o volume dos produtores), referentes ao pagamento de abril (com fornecimento de leite em março) apontam um preço líquido médio de R$1,4211/litro neste mês, de cerca de 5 centavos mais alto do que o de março, para os mesmos produtores.

Se ponderarmos este indicador pelo volume de leite por produtor, o preço médio recebido é de R$1,4984, cerca de 3 centavos acima do que o apontado por estes mesmos produtores em março (de R$1,4693). 

Até o momento, a alta nos preços está sendo sentida por todas as faixas de produção, com exceção da faixa entre 3.000 a 6.000 litros, que aponta queda de cerca de 1 centavo neste mês. Esta queda no indicador ainda tem relação com o fato de que uma parcela relevante de usuários com este perfil produtivo tenha contratos de remuneração com base em preços fixados com três meses de defasagem. 

É importante ressaltar que os efeitos destes tipos de contrato também podem ser sentidos na faixa de produção acima de 6.000 litros, conforme já apontado no resultado consolidado do mês de março. Contudo, o sistema contou com uma amostra mais abrangente desta categoria de produtores entre os dois últimos meses, o que culminou na diluição deste efeito entre os participantes desta faixa, que apresenta alta de cerca de 2 centavos em média.

Para as demais faixas de produção, as variações nos preços médios vão de 3 centavos (produtores de 250 a 500 litros/dia) a 7 centavos (abaixo de 250 litros/dia). A evolução dos preços de cada faixa de produção pode ser observada no gráfico abaixo.

Em relação à evolução da oferta, analisando dados de produtores que inseriram informações no aplicativo, neste mês e no anterior, podemos verificar, até o momento, uma nova tendência de queda, com variação de -3,7% (volume de março em relação a fevereiro). Esta variação é menor do que a variação historicamente observada entre os dois meses, segundo dados do IBGE, que é de -5,8%.

É importante ressaltar também a representatividade de cada estado na amostra em análise. O estado com mais contribuições é Minas Gerais, com 42% dos dados inseridos, seguido de Paraná (13%) e São Paulo (12%). Outros estados com representatividade significativa foram Rio Grande do Sul (8,7%), Santa Catarina (6,3%) e Goiás (6,3%). 

A amostra em questão, dos produtores que inseriram seus dados em março e abril, corresponde a 255 vendas registradas, 84% do total de valores inseridos no aplicativo até agora. Quanto ao volume, os dados destes produtores apontam uma produção total de 476.064 litros/dia, cerca de 86% do volume total do aplicativo neste mês. A média de volume por produtor até o momento é de 1.830 litros por dia.

O relatório com os dados consolidados referentes ao leite pago em abril (fornecido em março) será divulgado no início de maio.

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